Neto de Sarney zombava com benesses, revela gravação
SÃO PAULO - Parte dos diálogos gravados pela Polícia Federal (PF) na Operação Boi Barrica mostra que, em privado,
Numa conversa com o pai, Fernando Sarney, o estudante João Fernando Michels Gonçalves Sarney, neto do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), admite que, embora estivesse pendurado na folha de pagamento do Senado como funcionário do gabinete de Epitácio Cafeteira (PTB-MA), não costumava aparecer para trabalhar. Às gargalhadas, João conta ao pai que foi chamado por Cafeteira no gabinete para uma conversa. ?Fui lá achando que era alguma coisa importante (...) e ele falou: ''Não, pô, eu só queria te ver''.?
Filho de Fernando Sarney com a ex-candidata a Miss Brasília Rosângela Terezinha Michels, João, de 22 anos, foi nomeado assessor de Cafeteira em 1º de fevereiro de 2007. Ele ficou no cargo, que lhe rendia salário mensal de R$ 7,6 mil, até 3 de outubro do ano passado. Foi exonerado por força da súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibiu o nepotismo no serviço público. Como revelou o Estado, no mês passado, a exoneração se deu por ato secreto, para não chamar atenção. Para o lugar do estudante, foi nomeada a mãe dele.
Na conversa gravada pela PF em 25 de março de 2008, Fernando diz ao filho, que mora em Brasília, que tinha passado pela cidade naquele dia, em escala rumo a São Paulo. João aproveita para contar a conversa com Cafeteira. ?Depois eu te conto o que o senador me aprontou?, diz, em tom de galhofa. ?Tu ligou pra ele e perguntou se eu tava indo trabalhar, não foi??, pergunta ao pai. Fernando Sarney diz que sim.João, então, desfia a história: ?Pois é. Eu cheguei de viagem ontem, né, só que eu tava com dor de barriga, né (...) Passei o dia inteiro em casa, não fui nem para a faculdade. Aí me ligou a secretária (de Cafeteira), dizendo ela que era pra eu ir pra lá porque ele queria falar uma coisa comigo?. Fernando também gargalha. É quando João relata a ?peça? que Cafeteira lhe pregou repetindo o que ouvira do senador: ?Teu pai perguntou se você tava trabalhando e eu tinha que te ver pra falar pra ele.?
Quando o Estado revelou o caso de João, Cafeteira, velho aliado de José Sarney, negou que o neto do presidente do Senado fosse funcionário fantasma. Assessores do gabinete, no entanto, disseram não haver nenhum João entre os servidores que davam expediente ali.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
SUGESTÃO DE UM LEITOR: Realmente não sei!!!Olavo, eu estava propondo que a UNE saia em apoio ao apoio dado por Lula ao Sarney.Imaginem os estudantes esquerdistas com camisetas do Chê e bigodinhos do Sarney carregando faixas em protesto a perseguição cruel da imprensa ao inquestionável Sarney!!! Imaginem os gritos: " Em Lula votei, agora é Sarney!!! Propus também a CUT sair e fazer um abraço simbólico no Congresso em apoio ao seu presidente!!! Não seria demaiiiisssss!!!!!Imaginem o MST gritando nas ruas: Collor, bandido, agora estou contigo!!! Esse mundinho dá voltas, não é mesmo??? Abraços!!!"
Um comentário:
Infelismente estamos na maior crise do mundo porque os homens eleitos por nós só mostram a verdaeira cara quando já estão lá dentro usufruindo de status com o nosso dinheiro.
Eu só sinto é vergonha. Mais ainda quando assisto ainda um conhecido e antigo politico pois foi deputado estadual muitos anos, hoje senador , ser eleito presidente do Conselho de ètica - caso Sarney - e declarar a imprensa que - não tem nada a haver com a opinião do povo... é lastimável que o poder consegue fazer isto com os seres humanos.
Eles quando politicos são irreconhecíveis.
Samuel - Rio de Janeiro
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