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21 de agosto de 2010

NOVO INSETICIDA NO CAMBATE´`A DENGUE EM CABO FRIO

Saúde inicia utilização de novo inseticida no combate à dengue
O Departamento de Vigilância Sanitária de Cabo Frio iniciou, na última semana, a utilização de novo larvicida químico, o diflubenzuron, para o combate ao mosquito da dengue. Uma equipe da Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro (Sesdec) esteve na cidade ministrando curso de capacitação para os funcionários do setor de combate a vetores e à dengue do município para utilização do novo inseticida.
Segundo o Diretor do Departamento de Vigilância Sanitária de Cabo Frio, Paulo Campos, a troca do veneno e a capacitação de profissionais são medidas importantes de prevenção e combate à dengue:
- A troca do inseticida é a ponta da prevenção, uma das medidas mais adequadas. Nossa equipe foi orientada quanto à forma correta de utilização do inseticida, como dosagem, preparação e aplicação. Desde a semana passada, começamos a utilizar o novo inseticida e a ação está sendo orientada de acordo com os índices apontados nos relatórios de controle do vetor – afirmou Campos.
De acordo com o técnico de Vigilância Ambiental e Vetores da Sesdec, Humberto de Andrade Teixeira, a mudança de produto ocorre para evitar que o mosquito transmissor da doença adquira resistência ao inseticida:
- Nosso objetivo é manter a dengue sob controle e uma das formas de se fazer isso é com a troca do produto, que deve ocorrer com regularidade. Erradicar a dengue é pouco provável porque o mosquito possui grande capacidade de mutação, ou seja, com o tempo seu organismo cria resistência ao produto. Por isso é necessária a troca regular do veneno – explicou Teixeira.
O pacote de um quilo de diflubenzuron, ainda segundo o técnico da Sesdec, tem capacidade de produção de um milhão de litros de água de solução. Essa mistura serve para ser usada em águas limpas e sujas, diferentemente do anterior, quando era necessário um tipo de veneno para cada condição da água.
Ainda de acordo com o técnico do estado, a atuação do produto acontece no aparelho digestivo da larva, dificultando seu desenvolvimento reprodutivo na forma adulta, tornando-o estéril. Nesta condição, a fêmea do Aedes Aegypti não sai em busca de sangue para se alimentar e reproduzir. Já nos mosquitos na fase intermediária e adulta, a ação do veneno acontece por contato, eliminando-o.
Humberto Teixeira explica também que a aplicação do inseticida tem durabilidade de oito semanas, enquanto que a do anterior era de, no máximo, 15 dias. Após o período de uma semana de uso pelos agentes de saúde o inseticida é encaminhado para os pontos estratégicos (borracharias, oficinas mecânicas, ferros-velho, entre outros), para ser utilizado por até 10 dias.

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