As sacolas de plástico devem ser substituídas?
Elas levam 300 anos para se decompor, há divergências sobre como lidar com isso
MAS VOCE PODE FAZER A SUA PARTE SUBSTITUINDO-AS POR SACOLAS DE PANO CRU.
Elas levam 300 anos para se decompor, há divergências sobre como lidar com isso
MAS VOCE PODE FAZER A SUA PARTE SUBSTITUINDO-AS POR SACOLAS DE PANO CRU.
EM TAMOIOS IREMOS LANÇAR PROJETOS E CARTILHA QUE AJUDEM AS PESSOAS A ENTENDEREM A IMPORTÂNCIA DE, PELO AO MENOS, DIMINUIR, O USO DAS MALÉFICAS SACOLAS DE PLÁSTICOS, EVIDENTEMENTE, IREMOS BUSCAR APOIO PARA INCENTIVO JUNTO AO EMPRESARIADO LOCAL E PESSOAS COM SENSIBILIDADE E QUE COMPREENDAM A IMPORTÂNCIA DE TÃO ÁRDUA TAREFA. Deyse Cruz
VEJA AS FOTOS DA MATÉRIA E PENSE A RESPEITO!
SACOLAS DE PLÁSTICO
Quando surgiram, no fim da década de 1950, as sacolas de plástico eram motivo de orgulho das redes de supermercados e símbolo de status entre as donas-de-casa.
Em meio século, passaram de símbolo da modernidade a vilãs do meio ambiente. Celebridades como a atriz Keira Knightley e Ivanka Trump desfilam hoje com sacolas de pano que trazem a inscrição "I'm not a plastic bag" (Eu não sou uma sacola de plástico), como a da foto .
Em meio século, passaram de símbolo da modernidade a vilãs do meio ambiente. Celebridades como a atriz Keira Knightley e Ivanka Trump desfilam hoje com sacolas de pano que trazem a inscrição "I'm not a plastic bag" (Eu não sou uma sacola de plástico), como a da foto .
O motivo: o plástico polui - e muito. As sacolas são incapazes de se decompor em curto prazo. Trata-se, portanto, de uma decisão lógica: ABOLI-LAS DOS SUPERMERCADOS E DO COMÉRCIO EM GERAL.
Parece evidente, mas não é tão simples. Existem divergências ambientais, culturais e políticas sobre como eliminar esse problema. Conheça os argumentos de cada lado.
ACHAM QUE SIM As sacolas de plástico demoram pelo menos 300 anos para sumir no meio ambiente. Em todo o mundo são produzidos 500 bilhões de unidades a cada ano, o equivalente a 1,4 bilhão por dia ou a 1 milhão por minuto.
ACHAM QUE SIM As sacolas de plástico demoram pelo menos 300 anos para sumir no meio ambiente. Em todo o mundo são produzidos 500 bilhões de unidades a cada ano, o equivalente a 1,4 bilhão por dia ou a 1 milhão por minuto.
No Brasil, 1 bilhão de sacolas são distribuídas nos supermercados mensalmente - o que dá 66 sacolas por brasileiro ao mês.
No total, são 210 mil toneladas de plástico filme, a matéria-prima das sacolas, ou 10% de todo o detrito do país.
No total, são 210 mil toneladas de plástico filme, a matéria-prima das sacolas, ou 10% de todo o detrito do país.
Não há dúvida: é muito lixo. Algumas alternativas estão sendo adotadas. Uma delas, muito popular na Europa e nos Estados Unidos, é o uso de sacolas de pano ou sacos e caixas de papel. Em Nova York, as que levam a inscrição "Eu não sou uma sacola de plástico" viraram febre.
Em São Francisco, as sacolas de plástico foram banidas. Somente as feitas de produtos derivados do milho ou de papel reciclado podem ser usadas.
Em São Francisco, as sacolas de plástico foram banidas. Somente as feitas de produtos derivados do milho ou de papel reciclado podem ser usadas.
Outra solução é a cobrança de uma taxa por sacola, como acontece na Irlanda desde 2002. O dinheiro é revertido em projetos ambientais.
No Brasil, a principal alternativa são as sacolas de plástico oxibiodegradáveis. Elas vêm com um aditivo químico que acelera a decomposição em contato com a terra, a luz ou a água. O prazo de degradação é até 100 vezes menor - ou seja, uma sacola leva apenas três anos para desaparecer. O governo do Paraná distribui gratuitamente essas sacolas.
Muitos supermercados de Curitiba, onde se consomem 900 milhões de sacolas por ano, aderiram à novidade por conta própria.
No Brasil, a principal alternativa são as sacolas de plástico oxibiodegradáveis. Elas vêm com um aditivo químico que acelera a decomposição em contato com a terra, a luz ou a água. O prazo de degradação é até 100 vezes menor - ou seja, uma sacola leva apenas três anos para desaparecer. O governo do Paraná distribui gratuitamente essas sacolas.
Muitos supermercados de Curitiba, onde se consomem 900 milhões de sacolas por ano, aderiram à novidade por conta própria.
O Pão de Açúcar vende uma sacola feita de tecido semelhante ao usado em fraldas descartáveis por R$ 3,99 a unidade.
A Casa Santa Luzia, de São Paulo, oferece sacos de papel kraft, duas a três vezes mais caros que as sacolas de plástico, informa a Gazeta Mercantil.
Projetos de leis estaduais para substituir as sacolas de plástico pelas oxibiodegradáveis tramitam no Rio Grande do Sul, no Paraná e no Rio de Janeiro. Em São Paulo, a Assembléia Legislativa chegou a aprovar um projeto do deputado Sebastião Almeida (PT), que tornaria obrigatório o uso dos oxibiodegradáveis.
"O ideal seria a troca, pura e simples, do material plástico por pano ou papel. Mas ao menos um composto oxibiodegradável poderia acelerar a decomposição de bilhões de toneladas que ficam no ambiente à espera da degradação", escreve Almeida em artigo na Folha de S.Paulo.
ACHAM QUE NÃO A indústria do plástico publicou um informe nos jornais brasileiros . Diz o texto: "O plástico faz parte da vida contemporânea, é 100% reciclável e está em milhares de produtos.
Sem ele, não haveria computadores, seringas descartáveis, bolsas de soro e de sangue para salvar vidas. O plástico tornou os automóveis mais leves, reduzindo a emissão de CO2, causador do efeito estufa. As sacolas plásticas são reutilizáveis, práticas, higiênicas e têm múltiplos usos. São particularmente importantes para 80% dos consumidores que fazem compras a pé ou de ônibus".
Os fabricantes lançarão no dia 6 de novembro uma campanha. Eles se comprometem a produzir sacolas mais resistentes (para evitar uso em excesso e, com isso, reduzir o volume em 30%), estimular a utilização de sacolas plásticas de uso contínuo e desenvolver ações de educação sobre consumo responsável, coleta seletiva, reciclagem e utilização dos plásticos para a geração de energia.
Pode-se dizer tudo dos sacos de plástico - menos que eles não sejam práticos. "Nunca imaginei que, depois de adulta, voltaria a jogar Escravos de Jó (brincadeira em que crianças passam objetos entre si) com freqüência", diz a repórter Cristina Amorim, de O Estado de S. Paulo.
A Casa Santa Luzia, de São Paulo, oferece sacos de papel kraft, duas a três vezes mais caros que as sacolas de plástico, informa a Gazeta Mercantil.
Projetos de leis estaduais para substituir as sacolas de plástico pelas oxibiodegradáveis tramitam no Rio Grande do Sul, no Paraná e no Rio de Janeiro. Em São Paulo, a Assembléia Legislativa chegou a aprovar um projeto do deputado Sebastião Almeida (PT), que tornaria obrigatório o uso dos oxibiodegradáveis.
"O ideal seria a troca, pura e simples, do material plástico por pano ou papel. Mas ao menos um composto oxibiodegradável poderia acelerar a decomposição de bilhões de toneladas que ficam no ambiente à espera da degradação", escreve Almeida em artigo na Folha de S.Paulo.
ACHAM QUE NÃO A indústria do plástico publicou um informe nos jornais brasileiros . Diz o texto: "O plástico faz parte da vida contemporânea, é 100% reciclável e está em milhares de produtos.
Sem ele, não haveria computadores, seringas descartáveis, bolsas de soro e de sangue para salvar vidas. O plástico tornou os automóveis mais leves, reduzindo a emissão de CO2, causador do efeito estufa. As sacolas plásticas são reutilizáveis, práticas, higiênicas e têm múltiplos usos. São particularmente importantes para 80% dos consumidores que fazem compras a pé ou de ônibus".
Os fabricantes lançarão no dia 6 de novembro uma campanha. Eles se comprometem a produzir sacolas mais resistentes (para evitar uso em excesso e, com isso, reduzir o volume em 30%), estimular a utilização de sacolas plásticas de uso contínuo e desenvolver ações de educação sobre consumo responsável, coleta seletiva, reciclagem e utilização dos plásticos para a geração de energia.
Pode-se dizer tudo dos sacos de plástico - menos que eles não sejam práticos. "Nunca imaginei que, depois de adulta, voltaria a jogar Escravos de Jó (brincadeira em que crianças passam objetos entre si) com freqüência", diz a repórter Cristina Amorim, de O Estado de S. Paulo.
Ela descreve a dificuldade em acondicionar os produtos em sacolas de pano. As bananas não podem ficar sobre os tomates, e por aí vai. Com a mudança, diz, há outro problema: vão faltar sacos para descartar o lixo doméstico.
O projeto de lei do deputado petista Sebastião Almeida, determinando o uso de sacolas oxibiodegradáveis em São Paulo, foi vetado pelo governador José Serra, do PSDB. Almeida diz que foi uma decisão política. Os tucanos dão argumentos técnicos. O aditivo que faz com que o plástico se degrade continuaria contaminando o ambiente por causa dos catalisadores empregados, derivados de metais como níquel e manganês.
"A tecnologia permite que o plástico se esfarele em pequenas partículas até desaparecer a olho nu, mas continua presente na natureza", afirmou Xico Graziano, secretário estadual de Meio Ambiente, à Folha de S.Paulo.
Nem Inglaterra nem Canadá, países que inventaram esse aditivo oxidegradável, adotaram a tecnologia. Por que, pergunta, o Brasil empregaria essa técnica?
LEI 5.502/09
Entrou em vigor DIA 16 DE JUNHO DE 2010 no Rio de Janeiro, a Lei 5.502/09, que restringe o uso de sacolas plásticas no comércio fluminense. Os órgãos de fiscalização fizeram a primeira vistoria em dois supermercados da Tijuca, zona norte da cidade do Rio de Janeiro, para averiguar se os estabelecimentos estão se adaptando à nova regulamentação. Um dos supermercados foi notificado por não cumprir todos os requisitos. De acordo com o presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Luiz Firmino Martins, a lei determina que o estabelecimento ofereça desconto de 3 centavos a cada cinco produtos vendidos e disponibilize sacolas ecológicas, caixas de papelão ou qualquer outra forma de transporte durável para os clientes. “É uma lei que precisa de um tempo, há que se fazer adaptação. O Inea vai notificar o estabelecimento que não estiver cumprindo a legislação. Estamos fazendo uma advertência para que, em até sete dias, sejam tomadas as providências. Em caso de reincidência podemos aplicar multa pecuniária”, advertiu Martins. O ex-ministro do Meio Ambiente e deputado estadual Carlos Minc (PT), autor da lei, lembrou que o Brasil usa por ano 18 bilhões de sacolas plásticas. No Rio, são 2,4 bilhões por ano, cerca de 200 milhões por mês. O objetivo da lei é reduzir substancialmente esses números. As sacolas plásticas são um problema para o meio ambiente. Além de entupir galerias de esgotos e águas pluviais, poluem rios e mares, sujam praias, matam por asfixia animais que buscam alimentos no lixo e ainda levam centenas de anos para desaparecer.
O projeto de lei do deputado petista Sebastião Almeida, determinando o uso de sacolas oxibiodegradáveis em São Paulo, foi vetado pelo governador José Serra, do PSDB. Almeida diz que foi uma decisão política. Os tucanos dão argumentos técnicos. O aditivo que faz com que o plástico se degrade continuaria contaminando o ambiente por causa dos catalisadores empregados, derivados de metais como níquel e manganês.
"A tecnologia permite que o plástico se esfarele em pequenas partículas até desaparecer a olho nu, mas continua presente na natureza", afirmou Xico Graziano, secretário estadual de Meio Ambiente, à Folha de S.Paulo.
Nem Inglaterra nem Canadá, países que inventaram esse aditivo oxidegradável, adotaram a tecnologia. Por que, pergunta, o Brasil empregaria essa técnica?
LEI 5.502/09
Entrou em vigor DIA 16 DE JUNHO DE 2010 no Rio de Janeiro, a Lei 5.502/09, que restringe o uso de sacolas plásticas no comércio fluminense. Os órgãos de fiscalização fizeram a primeira vistoria em dois supermercados da Tijuca, zona norte da cidade do Rio de Janeiro, para averiguar se os estabelecimentos estão se adaptando à nova regulamentação. Um dos supermercados foi notificado por não cumprir todos os requisitos. De acordo com o presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Luiz Firmino Martins, a lei determina que o estabelecimento ofereça desconto de 3 centavos a cada cinco produtos vendidos e disponibilize sacolas ecológicas, caixas de papelão ou qualquer outra forma de transporte durável para os clientes. “É uma lei que precisa de um tempo, há que se fazer adaptação. O Inea vai notificar o estabelecimento que não estiver cumprindo a legislação. Estamos fazendo uma advertência para que, em até sete dias, sejam tomadas as providências. Em caso de reincidência podemos aplicar multa pecuniária”, advertiu Martins. O ex-ministro do Meio Ambiente e deputado estadual Carlos Minc (PT), autor da lei, lembrou que o Brasil usa por ano 18 bilhões de sacolas plásticas. No Rio, são 2,4 bilhões por ano, cerca de 200 milhões por mês. O objetivo da lei é reduzir substancialmente esses números. As sacolas plásticas são um problema para o meio ambiente. Além de entupir galerias de esgotos e águas pluviais, poluem rios e mares, sujam praias, matam por asfixia animais que buscam alimentos no lixo e ainda levam centenas de anos para desaparecer.
Aguardamos seu comentário e sugestão!
Outras fontes: http://www.fotosdanatureza.blogspot.com/
Revista da semana
2 comentários:
PARABÉNS PELA MATÉRIA SUPER ESCLARECEDORA.
EU DESCONHECIA UM PROBLEMA TÃO SÉRIO.
É PRECISO, REALMENTE, QUE TODOS NÓS FAÇAMOS ALGUMA COISA A RESPEITO, PARA DIMINUIR A QUANTIDADE DE SACOS DE PLÁSTICOS EM NOSSO PLANETA.
EVANDRO MEDEIROS - CEARÁ - BRASIL
Assisti o video e fiquei impressionado!!!!
Meu Deus o que será do futuro de meus netos e nem sou casado!
O governo, os prefeitos este monte de candidatos ao invez de gastar fortunas com campanhas fazendo fotos deles bonitinhas pois tem cada um feião que fica lindo na foto, deveriam gastar com projetos que viessem fazer alguma coisa pela humanidade.
Sei lá já nem sei masi o que falar...eu não vou mais usar sacolas de plástico.
Eduardo - solitário de Campos
Postar um comentário