TEIXEIRA E SOUZA É APRESENTADO EM LINHAS E PESQUISAS HISTÓRICAS

Dia 25, um dos dias mais esperados de palestras e eventos musicais, a professora de Literatura, Hebe Cristina, que leciona na Universidade Estadual de Campinas, fez um balanço da vida e obra do autor protagonista da Semana Cultural, que agita o município desde o dia 21. Contudo, antes do início da dissertação, realizada no Charitas, a banda de rap Amerê Cultural e a cantora Taz Mureb se apresentaram no Corredor Cultural do Museu.
Na noite fresca de sexta-feira, o museu Charitas foi palco da palestra intitulada “Teixeira e Sousa, vida e obra: ações para o reconhecimento nacional” e proferida por Hebe Cristina, cujo Doutorado teve como tema a obra do escritor cabofriense.
- Cinco anos foram o período de início e término da vida de um autor que estará eternamente grafado nas linhas literárias deste país e em particular, de Cabo Frio – afirmou ela.
Segundo Hebe, Teixeira e Sousa inovou o estilo de romance de sua época. Através de uma descrição exímia da vida dos escravos, além de uma linguagem simples e objetiva, o autor fez bastante sucesso no meio literário em meados do século XVIII. De origem humilde, acabou por morar na capital do Rio de Janeiro, fator que contribuiu significantemente para o desenvolvimento de sua carreira romancista.
- Ele sabia o que queria atingir naquele momento. Sabia das condições e conseqüências, mas isso não o impediu de ser um porta-voz daqueles dos quais descendia – afirma Hebe.
Ainda de acordo com a professora, Teixeira e Sousa, ciente que a espécie de público leitor que existia em sua geração era composta por brancos em quase sua totalidade, decidiu prosseguir no projeto de escrever romances com protagonistas escravos.
Ao final da palestra, era visível a complacência da platéia que permaneceu o tempo atenta às palavras ditas pela expoente da literatura cabofriense e brasileira. Teixeira e Sousa faleceu, aos 49 anos, no dia 1° de dezembro de 1861, deixando mais de vinte obras registradas, as quais tem como seu destaque e estandarte o romance “O Filho do Pescador”.
Fotos: Eliethon Dias 01 – O Secretário Municipal de Cultura, José Correia, e a palestrante, Hebe Cristina;
02 - A banda de rap Amerê Cultural e a cantora Taz Mureb foram a atração no Corredor Cultural;
03 – O Museu José de Dome (Charitas) esteve lotado na noite da última sexta-feira, dia 25.