Ao aproveitar material, como fibras de coco na contenção de encostas, município economiza e cuida do meio ambiente
Reciclagem de asfalto, barreiras de contenção com fibras de coco, uso de restos de demolição em terraplenagens. De olho no retorno financeiro aliado ao respeito ao meio ambiente, a prefeitura do Rio passou a apostar em novas técnicas ou medidas sustentáveis em obras de pavimentação e urbanismo na cidade. Uma das inovações é o reaproveitamento de massa asfáltica: os novos pavimentos das operações tapa-buraco custam até quatro vezes menos, têm duração inversamente superior e estão sendo feitos com 15% de material obtido nas fresagens (raspagens) de asfaltos antigos.
Segundo a prefeitura, o novo material dura até dez anos, enquanto o asfalto convencional não apresenta vida útil superior a dois. O segredo, diz o secretário municipal de Obras, Alexandre Pinto, está na temperatura da mistura asfáltica, até 30 graus inferior ao processo tradicional.
- Além da maior vida útil, teremos redução de manutenção, menor interferência no trânsito, com menor poluição do meio ambiente pela redução de emissões de gás carbônico.
As obras de contenção de encostas passaram a utilizar componentes "verdes", as biomantas, feitas de fibras de coco em vez de concreto. A Geo-Rio tem utilizado a novidade no controle imediato de erosão em pontos onde houve deslizamento. Além do ganho ambiental, essa solução é cerca de um terço mais barata que o tratamento com concreto. O material já auxiliou o reflorestamento de locais como o Parque Nacional da Tijuca, a Estrada da Grota Funda, Grajaú-Jacarepaguá e a alça do Túnel Rebouças.
Projetos de arquitetura também estão sendo pensados com a lógica ambiental e econômica. As Clínicas da Família priorizam a reutilização de água e a iluminação natural. Em cada unidade, a água da chuva é filtrada e, em seguida, armazenada em reservatórios com capacidade para 15 mil litros. Esse processo permite que a água seja reutilizada na descarga dos banheiros, nos cuidados do jardim e para emergências de incêndio.
O presidente da RioUrbe, Marco Antonio Almeida, afirma que, com o novo método, uma clínica chega a custar 43% a menos do que uma unidade projetada há três anos.
Fonte: O GLOBO
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