O governo da presidente Dilma Rousseff abriga uma fauna que vai do exótico ao predador, com alguns espécimes raros. Exemplo do lado escuro do zoo é a médica Paulina Duarte, secretária Nacional de Políticas sobre Drogas, que nega haver “epidemia de crack” e diz que quem combate entorpecente está fazendo “pedagogia do terror”.
Em diferentes cargos, Paulina está na Senad desde o descobrimento do Brasil, em 2003. Portanto, não é coincidência que o crack tenha se transformado na epidemia que ela nega.
É fruto de muita incompetência, ideologia retrógrada e falta de atenção da Presidência da República, que não exonera um tipo desses.
Tempos atrás, ,com aquela cara de petista no crachá da repartição Paulina se arvorou no Senado de representante da República, pois teria unificado em torno de sua ineficiência os ministérios da Saúde e da Justiça.
Pedagogia do terror é gente desse quilate falar em nome de pastas tão importantes. O titular da Justiça, José Eduardo Cardozo, recebeu essa herança maldita, estacionada na poltrona há cinco ministros, e não teve forças para exonerá-la.
O da Saúde, Alexandre Padilha, pertence à parte clara da floresta, porque foi a cracolândias sentir de perto o drama de usuários transformados em molambos. Voltou de lá apoiando a internação compulsória, uma saída para oferecer tratamento aos dominados pelo vício, cuja única vontade é usar drogas o tempo inteiro.
O que Padilha viu sob marquises em São Paulo é a epidemia negada por Paulina. Está na maior das cidades e em todas as aglomerações, de qualquer número de habitantes. A dor das famílias é pungente, principalmente das mães. O sofrimento espalha-se entre os amigos.
O dependente químico abandona tudo, escola, trabalho, casa. Gasta seus pertences, passa a pegar dos pais e aí vem a primeira fase crudelíssima, a fuga. Ganha as ruas, perde a vida. Quando não é o traficante que mata, morre num roubo em busca de dinheiro para pagar as pedras, morre com os efeitos do crack no organismo.
Vítima do entorpecente, mas também de autoridades como Paulina.
Impossível olvidar o clamor. No ano passado, pedi na internet sugestões de projetos. Milhares sugeriram fazer algo para combater o crack e a forma é a do tratamento.
A ala do governo que deixa o usuário morrer à míngua despenalizou o uso de drogas, ou seja, a família nada pode fazer além de assistir ao definhar do ente querido. Para ela, não valem documentos legais como o Decreto-Lei 891, do distante 1938, ou a recente reforma psiquiátrica (10.216/2001).
Por isso, apresentei o projeto 111, em 2010, com regras que vão de ocupar as fronteiras aos cuidados com a saúde do usuário. Os aplausos populares foram no mesmo tom da repulsa oficial, pois a Esplanada parece ter uma paulina atrás de cada mesa. Mas, enfim, um detentor do poder deixou o gabinete e foi ouvir a voz rouca das cracolândias.
Paulina, no dicionário, significa praga, imprecação, forte reprimenda. Paulina, na Senad, precisa ouvir tudo isso, porque o País já não agüenta ver o seu futuro em andrajos com o cérebro carcomido.
Além da corrupção, os ministérios têm essa fauna a ser deglutida pelos bueiros durante a faxina, se limpeza houver. A irregularidade engole o dinheiro, a política pública errônea rouba a esperança.
O que será dos usuários com uma secretária que não os admite? O que será do Brasil com uma secretária maléfica que o ministro não demite?
Entre um Padilha sabedor dos caminhos corretos na busca pela solução e uma Paulina achando que pedra de crack é bombom, está a sociedade. O sentimento de impotência é tamanho que só lhe restam as orações e o choro. Recolher os trapos na calçada, reconhecer o corpo no IML e lamentar a perda.
Felizmente, surgiu um figurão na esquina e pode ser uma luz para os sobreviventes, um alento para quem já secou as lágrimas, um ponto a quem resistiu. E, já que Dilma não remove os entulhos da Senad, que Deus nos livre das Paulinas.
Demóstenes Torre
Em diferentes cargos, Paulina está na Senad desde o descobrimento do Brasil, em 2003. Portanto, não é coincidência que o crack tenha se transformado na epidemia que ela nega.
É fruto de muita incompetência, ideologia retrógrada e falta de atenção da Presidência da República, que não exonera um tipo desses.
Tempos atrás, ,com aquela cara de petista no crachá da repartição Paulina se arvorou no Senado de representante da República, pois teria unificado em torno de sua ineficiência os ministérios da Saúde e da Justiça.
Pedagogia do terror é gente desse quilate falar em nome de pastas tão importantes. O titular da Justiça, José Eduardo Cardozo, recebeu essa herança maldita, estacionada na poltrona há cinco ministros, e não teve forças para exonerá-la.
O da Saúde, Alexandre Padilha, pertence à parte clara da floresta, porque foi a cracolândias sentir de perto o drama de usuários transformados em molambos. Voltou de lá apoiando a internação compulsória, uma saída para oferecer tratamento aos dominados pelo vício, cuja única vontade é usar drogas o tempo inteiro.
O que Padilha viu sob marquises em São Paulo é a epidemia negada por Paulina. Está na maior das cidades e em todas as aglomerações, de qualquer número de habitantes. A dor das famílias é pungente, principalmente das mães. O sofrimento espalha-se entre os amigos.
O dependente químico abandona tudo, escola, trabalho, casa. Gasta seus pertences, passa a pegar dos pais e aí vem a primeira fase crudelíssima, a fuga. Ganha as ruas, perde a vida. Quando não é o traficante que mata, morre num roubo em busca de dinheiro para pagar as pedras, morre com os efeitos do crack no organismo.
Vítima do entorpecente, mas também de autoridades como Paulina.
Impossível olvidar o clamor. No ano passado, pedi na internet sugestões de projetos. Milhares sugeriram fazer algo para combater o crack e a forma é a do tratamento.
A ala do governo que deixa o usuário morrer à míngua despenalizou o uso de drogas, ou seja, a família nada pode fazer além de assistir ao definhar do ente querido. Para ela, não valem documentos legais como o Decreto-Lei 891, do distante 1938, ou a recente reforma psiquiátrica (10.216/2001).
Por isso, apresentei o projeto 111, em 2010, com regras que vão de ocupar as fronteiras aos cuidados com a saúde do usuário. Os aplausos populares foram no mesmo tom da repulsa oficial, pois a Esplanada parece ter uma paulina atrás de cada mesa. Mas, enfim, um detentor do poder deixou o gabinete e foi ouvir a voz rouca das cracolândias.
Paulina, no dicionário, significa praga, imprecação, forte reprimenda. Paulina, na Senad, precisa ouvir tudo isso, porque o País já não agüenta ver o seu futuro em andrajos com o cérebro carcomido.
Além da corrupção, os ministérios têm essa fauna a ser deglutida pelos bueiros durante a faxina, se limpeza houver. A irregularidade engole o dinheiro, a política pública errônea rouba a esperança.
O que será dos usuários com uma secretária que não os admite? O que será do Brasil com uma secretária maléfica que o ministro não demite?
Entre um Padilha sabedor dos caminhos corretos na busca pela solução e uma Paulina achando que pedra de crack é bombom, está a sociedade. O sentimento de impotência é tamanho que só lhe restam as orações e o choro. Recolher os trapos na calçada, reconhecer o corpo no IML e lamentar a perda.
Felizmente, surgiu um figurão na esquina e pode ser uma luz para os sobreviventes, um alento para quem já secou as lágrimas, um ponto a quem resistiu. E, já que Dilma não remove os entulhos da Senad, que Deus nos livre das Paulinas.
Demóstenes Torre
procurador de Justiça e senador (DEM/GO)
- “Uso de drogas existe solução, mesmo ele não querendo”.
Tadeu Assis - Técnico em Dependência Química.
- Projetos de Prevenção e Palestras em escolas e empresas.
- Tratamento: Modelo Misessota – 12 Passos- TCC.
- Acompanhamento terapêutico e Cursos de Capacitação.
Contato: (22) – 9914.3450
Tadeu Assis - Técnico em Dependência Química.
- Projetos de Prevenção e Palestras em escolas e empresas.
- Tratamento: Modelo Misessota – 12 Passos- TCC.
- Acompanhamento terapêutico e Cursos de Capacitação.
Contato: (22) – 9914.3450
Nenhum comentário:
Postar um comentário