VETA DILMA?
A resposta à votação na Câmara, que aprovou o Código Florestal de acordo com o que exigiam os ruralistas, em flagrante desacordo com o sentimento público da maioria dos brasileiros, ganha força na campanha Veta Dilma!, que ganha cada vez mais espaços públicos seja nas manifestações previstas para este fim de semana, seja nas redes sociais. Ambientalistas e entidades de mobilização da sociedade civil apoiam a campanha contra a manobra de fazendeiros e empresários ligados ao agronegócio e, na última sexta-feira, comemorado como o Dia da Terra, foi também lançada o “Dia Nacional do Veta, Dilma!”.
O resultado da votação na Câmara “condena o Brasil ao atraso na gestão de suas riquezas naturais, ganha força a mobilização nacional contra o texto forjado por setores atrasados do agronegócio e da política”, afirma, em nota, a seção brasileira da organização não governamental (ONG) World Wildlife Foundation (WWF-Brasil). Na capital federal, um novo balão da WWF-Brasil tem ilustrado as manifestações.
O projeto de lei aprovado nesta quarta-feira, “consolida desmatamentos em áreas sensíveis e estratégicas, como margens de rios e topos de morro, anistia desmatadores, abre espaço para mais derrubada de florestas nativas e para a especulação fundiária e reforça uma cultura de impunidade, de desrespeito à legislação e desvalorização do patrimônio natural”, acrescenta a WWF
A questão é maior do que apenas uma questão nacional e “pode colocar em xeque o cumprimento pelo país de metas assumidas internacionalmente ligadas à conservação da biodiversidade e mudanças climáticas, por exemplo. O mundo inteiro está atento a como o Brasil vai tratar o futuro de suas florestas e se conseguirá manter sua liderança global em desenvolvimento sustentável, conquistada nas últimas décadas”, ressalta a instituição.
Os reflexos de uma desastrosa aprovação a toque de caixa da reforma do Código Florestal, sem debate real com a sociedade, pode ter reflexos negativos na Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável que acontece em junho, no Rio, onde 100 chefes de Estado estão confirmados para discursar na plenária principal, conforme o Itamaraty.
Ainda no início, campanha “Veta, Dilma!” já repercute em todo o Brasil e no exterior. Vários países demonstraram seu apoio, como Alemanha, Colômbia, Canadá, Espanha, México, Portugal, Suíça, Estados Unidos e Inglaterra. “Todavia, o parlamento não ouve a Ciência, não ouve os juristas e deu às costas para a sociedade. A presidente Dilma Rousseff precisa ouvir o clamor dos brasileiros”, acrescenta a ONG.
Impacto da destruição
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em nota, também criticou a aprovação do Código Florestal nos termos que agradaram apenas aos latifundiários. Segundo a instituição, responsável pela luta em favor da Reforma Agrária no Brasil, “os impactos da destruição do meio ambiente são sentidos em toda parte, não apenas nas regiões diretamente destruídas. Exemplo recente é a morte de mais de 200 trabalhadores e trabalhadoras das regiões mais pobres do Rio de Janeiro, devidos às fortes chuvas que assolaram o estado no começo de abril. As principais vítimas foram famílias que vivem em morros, pela falta de um programa habitacional que atenda às necessidades do conjunto da população. As consequências dos desequilíbrios ambientais recaem principalmente sobre os mais pobres”.
Os deputados que votaram “sim” pediram a manutenção do texto aprovado pelo Senado, apoiado pelo governo e que garantia faixas mínimas de proteção e recomposição florestal. Os deputados que votaram “não” votaram pelo relatório do deputado Paulo Piau, que anulou essas obrigações. Ganharam por 90 votos. Assim sendo, a Câmara aprovou ontem, com o texto de Paulo Piau, a reforma na principal lei florestal brasileira.
A resposta à votação na Câmara, que aprovou o Código Florestal de acordo com o que exigiam os ruralistas, em flagrante desacordo com o sentimento público da maioria dos brasileiros, ganha força na campanha Veta Dilma!, que ganha cada vez mais espaços públicos seja nas manifestações previstas para este fim de semana, seja nas redes sociais. Ambientalistas e entidades de mobilização da sociedade civil apoiam a campanha contra a manobra de fazendeiros e empresários ligados ao agronegócio e, na última sexta-feira, comemorado como o Dia da Terra, foi também lançada o “Dia Nacional do Veta, Dilma!”.
O resultado da votação na Câmara “condena o Brasil ao atraso na gestão de suas riquezas naturais, ganha força a mobilização nacional contra o texto forjado por setores atrasados do agronegócio e da política”, afirma, em nota, a seção brasileira da organização não governamental (ONG) World Wildlife Foundation (WWF-Brasil). Na capital federal, um novo balão da WWF-Brasil tem ilustrado as manifestações.
O projeto de lei aprovado nesta quarta-feira, “consolida desmatamentos em áreas sensíveis e estratégicas, como margens de rios e topos de morro, anistia desmatadores, abre espaço para mais derrubada de florestas nativas e para a especulação fundiária e reforça uma cultura de impunidade, de desrespeito à legislação e desvalorização do patrimônio natural”, acrescenta a WWF
A questão é maior do que apenas uma questão nacional e “pode colocar em xeque o cumprimento pelo país de metas assumidas internacionalmente ligadas à conservação da biodiversidade e mudanças climáticas, por exemplo. O mundo inteiro está atento a como o Brasil vai tratar o futuro de suas florestas e se conseguirá manter sua liderança global em desenvolvimento sustentável, conquistada nas últimas décadas”, ressalta a instituição.
Os reflexos de uma desastrosa aprovação a toque de caixa da reforma do Código Florestal, sem debate real com a sociedade, pode ter reflexos negativos na Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável que acontece em junho, no Rio, onde 100 chefes de Estado estão confirmados para discursar na plenária principal, conforme o Itamaraty.
Ainda no início, campanha “Veta, Dilma!” já repercute em todo o Brasil e no exterior. Vários países demonstraram seu apoio, como Alemanha, Colômbia, Canadá, Espanha, México, Portugal, Suíça, Estados Unidos e Inglaterra. “Todavia, o parlamento não ouve a Ciência, não ouve os juristas e deu às costas para a sociedade. A presidente Dilma Rousseff precisa ouvir o clamor dos brasileiros”, acrescenta a ONG.
Impacto da destruição
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em nota, também criticou a aprovação do Código Florestal nos termos que agradaram apenas aos latifundiários. Segundo a instituição, responsável pela luta em favor da Reforma Agrária no Brasil, “os impactos da destruição do meio ambiente são sentidos em toda parte, não apenas nas regiões diretamente destruídas. Exemplo recente é a morte de mais de 200 trabalhadores e trabalhadoras das regiões mais pobres do Rio de Janeiro, devidos às fortes chuvas que assolaram o estado no começo de abril. As principais vítimas foram famílias que vivem em morros, pela falta de um programa habitacional que atenda às necessidades do conjunto da população. As consequências dos desequilíbrios ambientais recaem principalmente sobre os mais pobres”.
Os deputados que votaram “sim” pediram a manutenção do texto aprovado pelo Senado, apoiado pelo governo e que garantia faixas mínimas de proteção e recomposição florestal. Os deputados que votaram “não” votaram pelo relatório do deputado Paulo Piau, que anulou essas obrigações. Ganharam por 90 votos. Assim sendo, a Câmara aprovou ontem, com o texto de Paulo Piau, a reforma na principal lei florestal brasileira.
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