“Um dia desses me contaram que o renomado político norte-americano Bill Clinton teria dito que ‘ser presidente é como administrar um cemitério, com uma porção de gente debaixo de você, mas sem que ninguém o escute’. Bela frase de efeito, politicamente justificada. Só que, na chamada ‘casa dos defuntos’, há de tudo, menos mortos. Todos continuam vivos. Apesar de a maioria deles, na forma de Espírito, não permanecer mais lá, existem muito mais ouvidos atentos ao que se diz e se faz do que na esfera considerada dos vivos. Alziro Zarur (1914-1979) ensinava: ‘Não há morte em nenhum ponto do Universo’. O grande erro da Humanidade é insistir que o sepulcro constitua o termo da existência. Victor Hugo (1802-1885), dramaturgo e poeta, pensador de fina sensibilidade, escreveu: ‘Os mortos são invisíveis, mas não ausentes’. No dia que todos compreenderem isso, tanta coisa vai mudar para melhor neste mundo...”
José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
É diretor-presidente da Legião da Boa Vontade.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
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