19 de outubro de 2010
NOSSOS VALORES A GENTE NUNCA ESQUECE
Projeto “Nossos valores a gente nunca esquece” homenageia o artista plástico Carlos Mendonça através da Exposição “Aprendendo a pintar”
Foto: Viviane Rocha
Nesta sexta-feira, dia 22 de outubro, às 20h30min, será inaugurada, no Museu José de Dome – Charitas, a exposição “Aprendendo a pintar”, com telas abstratas do artista plástico Carlos Mendonça.
A exposição faz parte do projeto “Nossos valores a gente nunca esquece”, criado pela Secretaria de Cultura, que tem como objetivo homenagear personalidades que contribuíram para o desenvolvimento da cultura no município. E Carlos Mendonça, com certeza, é uma dessas pessoas que, ao longo do tempo, retratou as mais belas paisagens de Cabo Frio, marinhas, retratos de amigos e familiares e autorretratos enigmáticos, além de ter como marca o favoritismo pela pintura do feminino.
Carlos Mendonça nasceu em Teresópolis, em 1930, mas veio morar em Cabo Frio em 1953 para trabalhar como leitor de Código de Morse. Mas, como a vida faz de vez em quando, seus planos de trabalhar com Código Morse ficaram para trás e ele trouxe à tona sua verdadeira habilidade: a pintura. Conseguiu emprestado com um monge da ordem franciscana um espaço no Convento Nossa Senhora dos Anjos, onde montou seu ateliê e ali criou por dez anos.
Nesta época, Carlinhos foi aprimorando suas técnicas e pintando proficuamente as paisagens e as pessoas da cidade, vindo daí os autorretratros e as lindas marinhas.
Iniciou então, um jeito próprio de pintar, utilizando a técnica realista, uma característica mais pessoal, onde parece que o artista vê, sente, entende e recria a natureza ao seu bel prazer.
Carlinhos começou a expor em 1956 no Salão Fluminense de Belas Artes, sendo premiado com a menção honrosa. Participou de varias exposições em Niterói, Rio e São Paulo, e em 1964 foi premiado com medalha de bronze no Salão de Belas Artes com um autorretrato.
Casado com Vilma, pai de dois filhos homens e avô de uma garotinha, aos 80 anos diz que cansou de pintar paisagem. Prefere as linhas primordiais dos elementos construtores da forma. O abuso é na cor, presente, densa, irradiante e soberana. O concreto é repaginado pelo pintor aquecido, humanizado pelos olhos que enxergam além do físico e do concreto, que expressa nas telas o que não tem forma, mas tem cor, muita cor: o abstrato.
A exposição permanecerá no Charitas até o dia 31 de dezembro, de terça a sexta-feira, das 9h às 20h. Sábados, domingos e feriados, das 14h às 20h. O Charitas está localizado à Av. Assunção, 855, Centro, Cabo Frio.
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