RESGATANDO O PASSADO
ANTONIO CRUZ, MEU PAI, ACREDITAVA EM SIMPATIAS...
Todos temos histórias para contar, principalmente se os anos que passaram já somam em torno dos cinqüenta. Meu pai faleceu há apenas 11 meses e tenho fixo na memória o seu sorriso e a sua famosa pergunta: - "filha diga-me se já lhe contei esta?" E narrava uma longa história.
Em todos os anos de contador de "histórias e casos" nunca repetiu nenhuma. Tinha sempre algo novo e bastante curioso. Todas eram sempre muito interessantes: fatos pitorescos de sua vida, acontecimentos, viagens e até aquela terrível "simpatia" ensinada por uma velha conhecida , que teve que fazer num cruzamento, ao meio dia, em pleno Rio de Janeiro para jogar um vidrinho , onde dentro, ele havia colocado um casal de pulgas (até morrer ele não sabia se eram realmente duas fêmeas ou ... dois machos ), para acabar com uma epidemia de pulgas em nossa casa.
Na hora de falar as sábias e indispensáveis palavras , no meio de um cruzamento de ruas, super movimentadas, ao ver vir em sua direção um ônibus Irajá Castelo , ao invés de proferir: Pulga Pulguinha viemos passear você pra ficar e eu pra voltar" se apavorou e gritou: "Pulga, pulguinha viemos passear eu pra ficar e você pra voltar".
Coitado , quase foi atropelado! A simpatia é lógico não funcionou e as pulgas permaneceram ainda por muito tempo, pulando lá em casa e este fato permanecerá na minha lembrança, também... para sempre.
Deyse Cruz (escrito em 2000 e faz parte do site www.marica.com.br/colaborações)
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